FLISOL-DF 2007

Hoje foi um dia meio corrido para mim, cheio de afazeres. Porém, houve um tempo para ir conferir o que estava rolando em mais uma edição do FLISOL DF, ou seja, Festival Latinoamericano de Instalação de Software Livre. Cheguei meio tarde, exatamente às 15 horas, porém ainda houve tempo para ver duas das palestras que estavam ocorrendo por lá.

A primeira palestra que acompanhei foi de Eustáquio Mendes Guimarães com o tema “Distro Ubuntu – O que está nas notas de rodapé…”. O palestrante iniciou a palestra com uma coleção de slides já bem conhecidos por mim, pois foram utilizados no FISL no Segundo Encontro Nacional do Ubuntu-br. Estes slides mostram a história do Ubuntu, da Canonical e do Mark Shuttleworth, o nome das versões do Ubuntu, derivações e principais características.

Além disto, são demonstradas algumas aplicações interessantes do Ubuntu, como o sistema de boot Upstart (inicialização em 10 a 20 segundos) e o Orca, que é um sistema de acessibilidade para deficientes visuais.

Outro ponto da palestra foi a demonstração de algumas novas aplicações do Ubuntu Feisty Fawn, como o novo assistente de migração de usuários Microsoft Windows para o Ubuntu, que realiza a cópia de ítens como o papel de parede do usuário, avatar, favoritos, dentre outros.

A utilização do Automatix para a instalação de aplicações de acordo com o perfil do usuário. Porém, o recurso que mais me chamou a atenção e que eu não tinha reparado era o novo recurso do shell, em que você digita um comando e ele lhe diz em que pacotes existe algo parecido, mesmo que estes pacotes não estejam instalados!

Depois desta palestra, já corri para a próxima, que seria com um cara conhecido, Clayton Lobato. O tema de sua palestra é “Conectividade, segurança e kernel”. Algo bem genérico mesmo.

Apesar do atraso inicial, em decorrência da demora da palestra anterior, Clayton começou mostrando alguns conceitos importantes, como a abstração da máquina através de níveis: Aplicação, kernel e hardware.

O palestrante quis chamar a atenção ao costume comum entre as pessoas. Compilar kernéis. Porém, qual a real necessidade disso? Sendo assim, antes de iniciar a compilação ou recompilação de um, é necessário se perguntar, por que compilar o kernel? E se for compilá-lo, ele será monolítico ou modular? Se for modular, tenha em mente que o tempo e complexidade para acesso aos recursos serão mais complexos. Se for monolítico, o tempo e as instruções serão mais simples. A utilização de um ou do outro depende exclusivamente da primeira pergunta.

Clayton diz muito que um dos ambientes ideais é a utilização de um squid e iptables simples com um kernel personalizado, utilizando ferramentas dele mesmo para minimizar o trabalho das outras ferramentas. Ferramentas simples, como os comandos ip, arp e route podem fazer muito do trabalho que é realizado hoje com estas aplicações. Mas por que colocar estas atividades no kernel? Simplesmente porque evita o acesso a mais um nível, mantendo apenas o processamento entre o kernel e o hardware.

Houve no final da palestra um pequeno sorteio que, como de costume, não ganhei nada 😛 . Porém, logo após, tive que ir embora, exatamente no momento iria ocorrer o encerramento do evento.

Devo deixar registradas algumas impressões que obtive sobre o evento:

  • Pouquíssima divulgação – quase não fiquei sabendo do evento! Fiquei sabendo nesta semana, na quinta-feira. Sendo que mesmo na frente do local do evento não vi nenhuma faixa ou sequer alguma movimentação que pudesse denunciar a localização.
  • Falta de controle dos participantes – não realizei inscrição e nem vi nenhum local que pudesse realizar. Cheguei ao local sem nem ao menos saber para onde ir.

Confesso que não pude reparar no pouco tempo que estive por lá se realmente os objetivos do evento estavam sendo realizados, que é a instalação de soluções livres em computadores e o bate-papo para tirar dúvidas com usuários. Mesmo assim, não vi ninguém carregando computadores ou muitas conversas nos corredores sobre dúvidas corriqueiras.

Porém, por mais que se fale que houve pontos negativos, tenho que admirar iniciativas como estas, que fazem a filosofia Livre valer mais que qualquer tecnologia por lá citada. O importante não é apenas aprender, é compartilhar! Parabéns à organização do evento! Como ao Eriberto e ao Instituto Superior Fátima, que deram um ótimo apoio ao evento.

Não pude contribuir desta vez, porém espero que nas próximas edições tenha um tempinho para ajudar a galera por lá!

Vou ficando por aqui. Depois volto para postar um conteúdo muito interessante que aprendi estes dias. 🙂 Até a próxima! 😀

7 comentários sobre “FLISOL-DF 2007

  1. Ronald Costa disse:

    Caro Amigo,

    Desculpe, mas em seu site não encontrei nem seu nome… Mas vamos lá:

    1) Antes de mais nada gostaria de saber quem você é, e porque não procurou ninguém da coordenação do evento para antes de escrever se informar a respeito?

    2) O evento foi divulgado em cima da hora, por questões de patrocínio para impressão…. Mas pelo esforço de todos do PSL-DF ele ocorreu…

    3) Se você chegou no meio da tarde e nem assistiu o evento todo… como pode julgar se os objetivos foram atingidos ou não…? Você esteve na sala de instalação? Reparou a quantidade de notebooks e CPUs que andavam pelo prédio? Não com certeza não, porque você chegou no meio da tarde… vou chutar pelas palestras que você asssitiu… umas 15:00 horas….

    4) Falar e criticar é fácil demais, talvez por isso que todo mundo goste de um BLOG, porque para descer a crítica é fácil….. Mas vou considerar todas as suas observações, e de ante mão já convido você para no ano que vem, antes de falar venha participar da organização e contribua, até mesmo ficando até 4 horas da madrugada arrumando tudo, ou depois do evento arrumando classes e cadeiras nas salas…

    5) Venha ser palestrante e contribua com todo se arcabouço de conhecimentos… ai vamos ver os comentários sobre a sua palestra….

    Atenciosamente,

    RONALD COSTA
    Coordenador do FLISOL 2007 – Brasília.

  2. ThigU disse:

    Olá Ronaldo,

    Recebo suas críticas e faço questão de responde-las para não deixar mal entendidos. Vamos lá:
    1) Realmente não irá encontrar meu nome no blog por motivos pessoais. Não gosto de expor meus dados pessoais em sites na Internet além de um apelido que tenho. Não é medo de ser perseguido, mas é uma questão de segurança. Sendo assim, pode me chamar pelo apelido que estará falando comigo 🙂
    2) As questões que levaram a divulgação de última hora do evento estão além da ótica de um participante. Fui um dos participantes como muitos outros que estiveram por lá. Faço a crítica não com um sentido de difamar, mas expor melhorias para o evento. Ano passado houve mais divulgação que este ano, por isto estranhei ficar sabendo tão em cima da hora.
    3) Eu realmente cheguei tarde ao evento, como registrado em meu post, porém, não julguei que os objetivos não foram cumpridos, apenas escrevi o que eu vi e o que outras pessoas também viram. Isto está bem claro em meu comentário.
    4) Reparou que dei os parabéns à coordenação do evento? Iniciativas como estas que fazem o software livre ser o grande movimento que é hoje. Repare que em momento algum digo que o evento deixou a desejar, pelo contrário, eu realmente incentivo esse tipo de evento.
    5) Tenho intenção de ajudar no evento sim! Seja como palestrante ou organizador, porém não o fiz, pois, como disse, fiquei sabendo do evento em cima da hora!

    Na verdade, todas as críticas que realizei tem caráter construtivo, e não quis desmerecer ninguém. Porém, não espere que se faça um evento perfeito! Problemas irão ocorrer e é exatamente onde a coordenação irá atuar para que não se repitam. Realmente espero que não leve minhas críticas como ofensas pessoais, até porque não foi esta a intenção.

    Espero que não haja uma má impressão de mim, pois, não não tive uma má impressão do evento.

    Até mais!

  3. Pablo Santiago Sánchez disse:

    Caro Emo (ThigU? Só pode ser emo)

    nada contra sua manifestação e críticas, mas sim contra seu anonimato. Segue trecho da Constituição Federal, o que indica simplesmente estar você incorrendo em crime.

    TÍTULO II
    Dos Direitos e Garantias Fundamentais
    CAPÍTULO I
    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    Espero que reflita, e se mostre.

  4. kayohf disse:

    Bom, dois problemas que você apontou poderiam ter sido resolvidos de outra forma.

    1) Em vez de você assistir a palestra de Ubuntu, deveria ter assistido a de Ruby on Rails 🙂

    2) Se você gosta de eventos, pergunte ao amigo mais próximo.

    té.

  5. ThigU disse:

    Olá kayohf,

    Não assisti a palestra sobre Ruby on Rails até porque não sou desenvolvedor. Fui à palestra do Ubuntu por utiliza-lo em meu computador pessoal e por ter atualizado ele recentemente para a nova versão 7.04 Feisty Fawn, sendo assim, esperava encontrar novidades nesta palestra, o que aconteceu! 🙂

    Inté! 😀

  6. Pablo Santiago Sánchez disse:

    É uma resposta à sua resposta ao Ronald:

    “1) Realmente não irá encontrar meu nome no blog por motivos pessoais. Não gosto de expor meus dados pessoais em sites na Internet além de um apelido que tenho. Não é medo de ser perseguido, mas é uma questão de segurança. Sendo assim, pode me chamar pelo apelido que estará falando comigo”

    A Constituição defende o direito à liberdade de expressão, e você pode ter a opinião que quiser, tanto que não vou comentar sua crítica ao evento – críticas existem para melhorarmos o próximo.

    Porém ao montar seu blog, colocar suas opiniões etc etc etc e tentar fazê-lo de forma anônima, não colocando seu nome no mesmo, você está querendo utilizar um princípio constitucional de forma errônea, ou seja, quer dar sua opinião, mas não quer que ninguém saiba quem você é. Você quer anonimato, e o mesmo não é constitucional.

    Um abc!

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